24 de fev. de 2011

Crônica/Song text: Wind Of Change

Oi pessoal...
Quem me conhece, sabe que essa semana não foi nada fácil pra mim. E quando eu fico depressiva... bem, saem coisas assim.
Recomendo ouvir a música 'Wind of Change', do Scorpions. Vai encontrá-la no fim desse post. Me influenciou de todas as maneiras possíveis.
Aliás, para os familiarizados com o mundo do fanfiction, esse texto é uma quase songfic XD
É isso, não esqueçam de comentar!


Wind Of Change


I follow the Moskva
Down to Gorky Park
(Eu sigo o Moskva
Até o Parque Gorky)

Olhos fixos no tudo, ou no nada; olhos esses, marejados enquanto ela sente seu corpo arrepiar-se, ao ver-se diante dos ventos da mudança.

Listening to the wind of change
(Escuto o vento da mudança)

Não é a primeira vez que eles passam por sua vida. Desde sempre ela o sentia, chegando e mudando tudo. Mas sem dúvidas, essa vez fora a mais devastadora.

Take me to the magic of the moment
On a glory night
(Leve-me à magia do momento
Numa noite de glória) 

Ao perceber sua chegada e sua impotência, ela sempre chorava.
Não fora diferente dessa vez.

Where the children of tomorrow dream away (Dream away)
In the wind of change
(Onde as crianças de amanhã sonharão
Com o vento da mudança)
 
Os ventos da mudança trouxeram mais que mudança. Dessa vez, eles trouxeram também decepção em excesso, medo e um ódio irreversível. Imutável.

Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever
(Caminhando pela rua
Recordações distantes
Enterradas no passado, para sempre)

A garrafa toca seus lábios, mas a bebida não tem o gosto de sempre. O único gosto que ela possui é o de consolo, que ela não quer e não irá buscar em outra pessoa.
Por que os ventos da mudança e suas conseqüências são problemas dela, que teima em sustentá-los sozinha.

Let your balalaika sing
What my guitar wants to say
(Deixe sua Balalaika cantar
O que meu violão quer dizer)

E ela está tão perdidamente confusa, e desolada. Sem a menor idéia sobre o que fazer ou pensar. É por isso que as lágrimas disfarçadamente deslizam por seu rosto.
Por que ela descobriu o real significado de estar perdida.

Like a storm wind that will ring
The freedom bell for peace of mind
(Como uma tempestade que tocará
A sino da liberdade para a paz da mente)

Mas no fundo, ela sabe como tudo vai acontecer. Sabe que ela vai enxugar as lágrimas, guardar a bebida e por um sorriso triste no rosto.
Porque quando os ventos da mudança chegam, só lhe resta tentar viver com o que as conseqüências trouxeram.
Como ela sempre fez.

In the wind of change
(Com o vento da mudança)

 Fim


P.S: se você gostou do texto e quiser postá-lo em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.




20 de fev. de 2011

Poema - I Don't Need You

Oi gente...
Esse é um poema meu, que por milagre não destruí. Não escrevo muitos poemas, então ficarei contente com os comentários que vocês podem vir a fazer sobre a qualidade dele (:

I Don't Need You


Eu não preciso de você.
Sim, eu não preciso de você.

Eu não preciso dos seus sorrisos,

Eu não preciso dos seus carinhos;

Eu não preciso de suas palavras doces

E eu não preciso dos teus lábios tentadores.

Não, eu não preciso de você.

Eu não preciso da luz radiante que sai de seus olhos quando você está feliz;

Eu não preciso dos seus abraços reconfortantes;
Eu não preciso de sua amizade quase irritante,
E definitivamente, eu não preciso do seu amor tão sincero e quase sufocante.
É, eu não preciso de você.
Mas eu quero você.
Eu quero você, sem pudores ou desculpas esfarrapadas;
Eu quero ser o motivo de seus sorrisos,
E a destinação de seus carinhos;
Eu quero que dedique a mim suas palavras doces
E eu quero sentir o gosto dos teus lábios tentadores.
Sim, eu quero você.
Eu quero contemplar diariamente a luz radiante de seus olhos quando está feliz;
E eu quero sentir o calor protetor dos seus abraços reconfortantes.
Eu quero que sua amizade irritante seja toda minha
E mais que tudo, eu quero receber e ofertar um amor tão sincero e quase sufocante.
Não, eu não preciso de você.
Mas eu quero você.

Fim
P.S: se você gostou do poema e quiser postá-lo em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas. 

10 de fev. de 2011

Crítica: Hedwig And The Angry Inch (Filme)

Hedwig And The Angry Inch


Hoje irei falar de um musical que assisti recentemente, por indicação de uma amiga. Vi sem ter muitas expectativas, mas quando o filme terminou, estava completamente apaixonada pelo que tinha acabado de ver.


Hansel é um jovem que mora em Berlim Ocidental e que sonha em se tornar uma grande estrela do rock nos Estados Unidos. Até que ele conhece um belo americano que lhe promete amor e liberdade e que pode fazer com que todos os seus sonhos se tornem reais.. Mas para ir para os Estados Unidos juntamente com ele Hansel precisará fazer uma operação de mudança de sexo, pois somente assim com ele poderá se casar. Assim nasce Hedwig (John Cameron Mitchell), que chega a Kansas no mesmo dia em que o Muro de Berlim é derrubado. 


Essa pode ser considerada a introdução a história de Hedwig: Rock, Amor e Traição (do Original: Hedwig And The Angry Inch - eu odeio títulos brasileiros), mas esse filme de 2001, que conta com a direção, atuação e roteiro de John Cameron Mitchell, é muito mais do que isso; essa adaptação da peça homônima do circuito off-Broadway é uma verdadeira obra prima.


O filme começa nos apresentando a Hedwig onde ela mais brilha: no 'palco'. Logo na primeira música ('Tear Me Down'), já ficamos familiarizados com as comparações entre Hedwig e o muro de Berlim, fato que pode ser interpretado de diversas maneiras. 


Depois que o furacão Hedwig nos é apresentado, vamos conhecendo-a aos poucos e descobrindo sua estranha história de vida; os flashbacks (geralmente contados pela própria Hedwig), vão mostrando todos os acontecimentos, traumas e desafios que Hedwig passou desde sua infância. Tudo sempre ao ritmo de um excelente rock 'n' roll, com pitadas de glam e punk rock.




Difícil descrever o desempenho de John Cameron Mitchell. Intenso talvez seja uma palavra adequada. Mas melhor dizer que foi brilhante. Sua entrega completa ao personagem é notável, seja através das canções ou das cenas de Hedwig com seus amigos e 'amores'.


A presença de Michael Pitt como Tommy Gnost também é algo que deve ser destacado. O personagem tem uma importância fundamental na história, que não contarei pra não estragar a surpresa de ninguém.


A fotografia e o figurino de Hedwig and The Angry Inch, como aparentam, são realmente de tirar o fôlego. Belos, exuberantes, extravagantes; exagerados e intensos como a própria Hedwig. Destaque pra belíssima sequencia de 'The Origin Of Love', que falarei adiante.


John Cameron Mitchell e Michael Pitt como Hedwig e Tommy Gnost, respectivamente.


Agora, acho que todos o assistirem irão concordar que o maior trunfo do filme é sua trilha sonora. Ele não possui músicas de outros cantores; são em maioria original (Hedwig até cantarola 'Walk On The Wild Side' de Lou Reed, mas não passa muito disso), e com letras e melodias brilhantes. Tem as mais vibrantes tais quais 'Tear me Down', e 'Angry Inch' (canção que leva o nome do filme, e que não existe melhor maneira de definir senão genial), e as mais sentimentais, tal qual 'Wicked Little Town', 'The Origin of Love' ( que merece uma ressalva por ser uma das músicas mais brilhantes que escutei na minha vida, com uma letra de tocar o coração), e ainda as divertidas, como 'Sugar Daddy' e 'Wig in a Box'. Completamente apaixonante, acredito que ele e 'Velvet Goldmine' carregam o título de minhas trilhas sonoras favoritas.


É difícil falar de Hedwig sem entregar spoilers e comprometer quem vai assistí-lo: então, pra que palavras quando temos uma música como essa?




Se depois dessa música ficarem com vontade de assistir o filme, eu baixei de um blog e upei para vocês, poderão baixá-lo pelos seguintes links:


DOWNLOAD DO FILME (RMVB)


Download pelo Deposit Files 
Download pelo Hotfile
Download pelo Uploading



2 de fev. de 2011

Crônica - Time Of Your Life

Oi gente (:

Essa é uma pequena crônica que eu escrevi ontem. Escrevi em um impulso, então nem tenho certeza se está muito bom ou não... não esqueçam de comentar ^^
O nome é o mesmo da música do Green Day. Título sugerido pela minha amiguinha linda, a Jennifer *-*
Então, é isso, leiam :D


Time Of Your Life



Às vezes, tudo o que eu mais queria é voltar a ser aquela garotinha de anos atrás.

Algumas pessoas dizem que a infância é o melhor período da vida. E ela de fato é, quando aproveitada da maneira certa. Uma época onde sua maior responsabilidade é arrumar a sua cama, sua maior frustração é não ter aquele brinquedo novo, sua euforia em brincar tem uma felicidade tão genuína e inocente que é notada até pelos adultos a sua volta.

Inocência.

Irrecuperável depois de perdida. Algo que faz uma falta terrível.

Que nos faz desejar tanto ser aquela garotinha de alguns anos atrás!

Pra não ter mais as angústias que atrapalham os dias atuais. Pra não ter mais tantas responsabilidades, tantas preocupações, tantos sentimentos conflitantes, e uma noção tão grande da impotência diante da vida.

Pra não sofrer mais tanto. Pra não sofrer mais sem motivo algum. Pra não sofrer mais com todos os motivos do mundo.

E tudo que eu desejo é ser aquela garotinha de anos atrás.

Mas no fundo, todas as épocas da vida têm seus encantos e seus mistérios, suas marcas únicas e perdidas.

A infância tem sua doçura e inocência incomparáveis; a adolescência tem uma intensidade e impulsividade sem igual, onde a euforia é imensa, e as depressões, profundas. A fase adulta é provavelmente a mais complexa, onde um pouco de cada idade e as características próprias da sua se fundem. A velhice recolhe tudo o que as outras idades viveram, e por isso tem a experiência que nenhuma delas pode oferecer. 


Mas entre todas elas, a infância ainda é a mais invejável.

Porque quando temos idade para aproveitá-la ao máximo, não temos consciência de sua importância. E 
quando percebemos, já a perdemos. Pra sempre.

E nos resta à responsabilidade de crescer. De viver. Estando prontos ou não.

E então, tudo o que você deseja por alguns instantes é ser aquela garotinha de alguns anos atrás.

Para depois pensar que era besteira. Infância não dá status pra ninguém. É só mais uma fase de uma vida que, estando pronta ou não, você tem que viver. Tem que sonhar. Tem que ao menos, tentar.

E com insegurança e um frio na barriga, você vai. Você enfrenta. Você tenta.

Você nunca vai ter a garantia de dar certo ou não. Você vai se decepcionar. Muitas vezes você vai quebrar, 
e terá que recolher sozinha os cacos do chão.

Mas você vai tentar de novo. E é isso que realmente importa.

Não desistir.

Você pode continuar desejando ser aquela garotinha de alguns anos atrás. Ninguém pode te culpar por 
desanimar ou querer dar um tempo.

Você só não pode parar.

Você só não pode deixar de tentar.

Ou você decepcionaria aquela garotinha de alguns anos atrás.

Fim

P.S: se você gostou da crônica e quiser postá-la em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.