27 de dez. de 2011

Conto - Lost Souls


Olá queridos leitores!

Esse será o último post do ano do blog, que mês que vem, completará um ano! :3

Obrigado a todos vocês que leem meus textos, especialmente aqueles que comentam. De coração!

E como não poderia deixar de ser nesse último... levemente depressivo. XD

Esse último, não tem trilha sonora. Mas indico ouvirem Doors enquanto leem. É uma boa :D

Lost Souls

Almas solitárias, perdidas, jogadas a mercê de si próprias, totalmente indefesas, morrendo dia após dia dentro de si mesmas, desejando que o hoje acabe de uma vez e que o amanhã nunca chegue.

Almas solitárias: são essas que estão dentro dos sorrisos mais radiantes e mais contagiantes. São essas que estão dentro das pessoas encolhidas e reservadas, muito rejeitadas por serem diferentes.

Perdidas, completamente perdidas, são almas em busca de um amor, de um ideal, de qualquer coisa que às faça pensar que um amanhã vale a pena, de que exista algo bom, alguma coisa pura, algo que faça com que queiram, continuar, porque continuar por si mesmo já não é suficiente.

Almas que sabem o que precisam fazer, mas não conseguem, não podem, não atingem. 

Almas sufocadas, que retém todos os seus desejos, suas ambições, com algum tipo de medo inexplicável e inevitável.

Almas atormentadas, que culpam a si mesmas pelos fracassos que não param de se repetir.

Almas fracas, fracas da necessidade de tentar de novo.

(Já não importa mais)

Almas que poderão encontrar alguma salvação, que poderão aprender algo com suas dores.

Almas que poderão ser brilhantes, se conseguirem.

(ou almas que fracassaram completamente, e se apagarão em um mar de inexistência, sem nada nem ninguém para lembrar-se que um dia elas existiram.)

Fim


P.S: se você gostou do conto e quiser postá-lo em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.

14 de dez. de 2011

Discografia: Syd Barrett

Olá pessoal (:

Temos uma nova discografia no site, esse mês. Trata-se de um dos meus cantores favoritos, primeiro vocalista da clássica banda Pink Floyd (cuja discografia postei aqui, lembram?), Syd Barrett.

Syd possui uma estranha e conturbada história, fato que fez com que sua carreira ficasse limitada. Mas, felizmente, temos dois excelentes álbuns solos dele, que estarei postando, junto a mais quatro compilações de seu trabalho, contendo faixas remixadas e inéditas.

Então, aproveitem pra conhecer um pouco sobre um dos principais representantes do rock psicodélico!

Biografia


Roger Keith Barrett, (Cambridge, 6 de Janeiro de 1946 — Cambridge, 7 de Julho de 2006), conhecido por Syd Barrett, foi um dos membros fundadores, em 1965, do grupo de rock progressivo Pink Floyd.

Originalmente era o vocalista, guitarrista e principal compositor da banda Pink Floyd, principalmente no seu primeiro álbum The Piper At The Gates Of Dawn(1967). Foi também o autor dos singles “See Emily Play” e “Arnold Layne”, e ainda de dois álbuns a solo. Foi também um guitarrista inovador, um dos primeiros a explorar completamente as capacidades sonoras da distorção e especialmente da recém desenvolvida máquina de eco e influenciou imensamente no movimento psicodélico.

Embora a sua atividade na música tenha sido reduzida, a sua influência nos músicos dos anos 60 (e das gerações seguintes) especialmente nos Pink Floyd, foi profunda.

À medida que a popularidade dos Floyd aumentava, assim como o consumo de drogas psicotrópicas por parte de Syd (especialmente LSD), a sua apresentação nos concertos tornava-se mais e mais imprevisível e o seu comportamento geral um estorvo para o sucesso da banda. Os problemas vieram ao de cima durante a primeira digressão do grupo pelos Estados Unidos no fim de 1967, Syd começou a ficar extremamente difícil e cada vez mais ausente; tendo essa ausência e o seu estranho comportamento começado a causar problemas ao grupo.

Continue lendo aqui!

Discografia

The Madcap Laughs (1970)

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Barrett (1970)

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COMPILAÇÕES: 

Opel (1989)

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The Best of Syd Barrett - Wouldn't You Miss Me? (2001)


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The Radio One Sessions (2004) 











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An Introduction To Syd Barrett (2010)












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8 de dez. de 2011

Conto - You're In The Air

Olá!

Após duas semanas... conto novo!

Desculpem pela ausência, ando meio enrolada. Mas teremos crítica e discografia nova, nas próximas semanas ^^

Esse depressivo novo conto chama-se "You're In The Air" por conta de uma faixa da banda "R.E.M." de mesmo nome. Recomendo ouvir a faixa durante a leitura. Poderão ouvi-la pelo YouTube, ou baixá-la/ouvir pelo 4shared. Se vocês não conseguem ouvir música enquanto leem e se concentrar em ambos, ouçam após lerem, pra entrar no clima. ^^

E antes que eu me esqueça: obrigada ao meu maninho lindo Jeff, por ter corrigido algumas coisinhas do texto! *__*

Então, sem mais... leiam! E não se esqueçam de comentar, porque é importante para os autores, viu?


You’re In The Air


Não importava para que lado olhasse. Não importava se era direita, esquerda, frente ou trás. Qualquer lugar lhe sufocava. O ar parecia feito de chumbo, não conseguia respirar plenamente.

Claro que isso era uma linguagem figurada; não estava realmente morrendo por sufocamento. Isso era uma visão do que sentia no momento atual, uma metáfora para refletir quanta angústia existia dentro de si.

O ar era pesado. Sufocava-lhe. Não podia relaxar, não podia esquecer. E oras, não era costume seu refugiar-se nas lembranças, na vida dos outros, nos personagens dos filmes e livros que devorava, buscando um sentido para sua própria vida?

Era melhor viver a vida deles do que a própria.

Não sabia que espécie de humano defeituoso era. Não importava o que acontecesse, no fim, parecia que sempre voltava à tristeza, como se estivesse escrita com fogo em sua alma, como se fosse o estado de espírito natural de seu ser. E apostava que era.

Apatia. Tristeza. Raiva. Tristeza. Felicidade. Tristeza. Euforia. Tristeza. Apatia...

Nada, ou ninguém era capaz de quebrar esse círculo vicioso, assim pensava. Uma amizade, um passeio no parque, um animal de estimação, um amor. Nada.

Um amor. Fechou os olhos. O amor também, gloriosa maldição que era, lhe assombrava. Podia senti-lo. Estava lá. Como se a pessoa amada estivesse no ar, ela lhe respirava e tudo que sentia por ela.

A cada maldito segundo de sua vida. Respirando amor, tristeza e insanidade.

O que só lhe proporcionava mais ainda a sensação de sufocamento.

Sentia nada. Sentia tudo.

(Tudo o atingia.)

Era um completo nada.

Era o tudo. O tudo de alguém.

Era só mais uma pessoa, entre milhares por aí, perdendo0se dentro de si, sem saber se acharia uma fuga.

Sem se dar conta disso. Sem ligar pra isso.

Afinal, não importava pra onde corresse; estava no ar.

E sabia que não poderia nunca parar de respirar.

Fim

P.S: se você gostou do conto e quiser postá-lo em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.