Bem, esse vai ser o meu primeiro conto original postado por aqui. Ele chama-se 'Não Lamente', título dado por minha amiguinha Laís. Escrevi ele em algum momento do dia dos namorados passado, mas não é muito romântico e é curtinho mesmo. Sugestão da Jéssica eu postar ele. Então, sem mais enrolação, aí vai ele:
Não Lamente
“Então é assim, não é?” – eu disse, num tom de amargura desconhecido por mim.
“Sim, é.” – ela disse isso de forma tão seca, partiu meu coração.
“Exatamente da maneira como você disse que ia ser...”
“Sim, é desse jeito.” – ela pegou e virou-se, me olhando nos olhos – “Não me olhe assim, por favor. Sabe que eu lamento.”
“Lamenta? Não minha querida, realmente não parece que você lamenta... muito pelo contrário, está feliz de se ver livre de mim...”
“Não, não fale assim” – sacudiu a cabeça aborrecida – “Não está sendo nem um pouco fácil para mim, ir embora desse jeito.”
“Então por que está indo?” – disse enfim, com raiva.
“Preciso mesmo dizer?” – a vez de ela ficar com raiva. “Você não é nenhuma criança. Sabe que a nossa relação já acabou. Sabe que não podemos mais ir adiante.”
Pela primeira vez, vi lágrimas em seus olhos.
“A que ponto nós chegamos, Tom? Não é lamentável estarmos aqui, agora, nessa conversa fria? E um dia achamos que ia durar para sempre.”
“Por mim teria durado, Carla. É você que está indo embora.”
“Por favor Tom – dessa vez uma lágrima rolou – não faça assim. Você é tão culpado quanto eu. Nenhum de
nós manteve nossa relação. Nenhum de nós se preocupou em manter o que nós precisávamos. O fim foi inevitável.”
“Você me ama?” – eu perguntei para ela de repente.
“Sim” – ela disse sem nem pensar.
“Então por que está indo embora?” – minha voz tremeu com as lágrimas.
“Porque eu te amo – disse ela – e é por isso que eu vou embora. Porque não posso perdoar o meu amor por
você. Nem o seu por mim, se me ama...”
“Eu te amo sim” – interrompi-a.
“Mas enfim, isso eu não posso perdoar. Que nós nos amássemos tanto e fazer o que fizemos um ao outro. Não dá mais.”
Ela pegou a mala, e passou por mim. Deu-me então um beijo apaixonado.
“Tenha uma boa lembrança de mim. Eu te amei tanto. Deus eu, ainda te amo.”
Então saiu pela porta, com lágrimas nos olhos.
Foi quando pude desmoronar e cair no chão. Ela estava certa...
E mesmo que eu não consiga parar de pensar nela, sei que está tudo acabado...
E não posso culpar ninguém além de nós dois. Responsáveis pelo amor e pela paixão, pela decadência e pela ruína.
Fim
P.S: se você gostou do conto e quiser postá-lo em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.
"poste os créditos, ou teremos problemas." Eita muié braba! =)
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ResponderExcluirUow ... muito bom Bruna
gostei mesmo ... engraçado
tenho conhecido muita gente que faz contos
e todos escrevem maravilhosamente bem D:
mas ta lindo demais... depois me ensina po
\o\ HUAUHAHUA
Adorei, gosto de coisas assim.
ResponderExcluirSimples, mas com significado.
Curto essas situações possiveis.
Gostei do seu estilo, continua postando.
\õ/
Que lindooooo, adoro drama, mas isso você ja sabe né?
ResponderExcluirMas ta triiiste >_< ta pedindo uma continuação poxa, vamos fazer um final feliz pra isso aí, eles merecem e... Aushaush ;)
Maravilhoso texto por isso eu amo escrever com você s2
Muito bom! Você escreve muito bem :D
ResponderExcluirTá ficando muito legal o seu blog.
Continua postando o/
Parabéns Bruna! Muito bom mesmo... Gostei do seu estilo de escrita, muito clean, gostoso de ler.
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