Olá pessoas! =D
Aqui está uma crônica, rabiscada em uma aula vaga na escola... fiz enquanto ouvia Pink Floyd (o genial álbum "The Wall"), mas pensava em Smile, do Chaplin...
Então, gostaria que vocês opinassem sobre ela. Lembrem-se que elogios e críticas são muito importantes para melhorar o modo da autora escrever... então é isso aí *-*
Sorrisos
Sorrir: v.int. e p. Rir sem ruído; rir com ligeira contração dos músculos do riso; mostrar-se alegre.
Sorrisos... ah, o sorriso; um ato tão humano quanto possível.
Quando um sorriso é sincero, ele parece à confirmação de que tudo está, ou vai ficar bem; é o mais próximo de dizer, sem palavras, “Tudo bem”.
Mas e quando o sorriso não é sincero?
Pode significar tanta coisa; um sorriso após algo muito triste é um “Não, não estou bem, mas vou tentar ficar”; após uma briga, pode ser um cínico “O que você acha, idiota? Eu pareço bem?”; após algo muito entediante pode ser somente para disfarçar, ou dizer nada sem palavras.
O problema desses sorrisos desprovidos de felicidade, é que eles não chegam aos olhos torce-se a boca em um sinal amigável, mas os olhos continuam nublados; seus olhos são tristes.
Isso é o que acontece com várias pessoas, mas é compreensível; se você não sente felicidade genuína, por que seus olhos deveriam expressar isso?
O problema é quando seus olhos são tristes em um sorriso que deveria ser sincero.
Jovens casais conversando à noite, trocando juras de amor na qual não mais acreditam, sorrindo e sentindo cada pedaço da falta de sinceridade de tudo aquilo.
Mães que ensinam os filhos a querer ser feliz e aproveitar as coisas simples da vida, sendo que elas não acreditam mais nisso. Homens e mulheres que na juventude tinham ideais de paz, amor e felicidade enquanto há tempo, sorriem com amargura quando lhe perguntam como vai à vida.
Quando paramos pra pensar no por que dessa falta de felicidade nos olhos, não é difícil achar uma resposta; uma grande parte das pessoas é triste.
Seres humanos têm o péssimo hábito de colocar barreiras em sua própria felicidade: “Quando eu me formar serei feliz”, “Quando me casar ficarei feliz”, “Quando eu comprar uma casa será diferente”.
O problema é que as pessoas não conseguem entender uma coisa: se você não consegue ser feliz sozinho, não é um emprego, um diploma, um companheiro ou um bem material que o fará feliz.
Na nossa eterna ganância de acumular sempre mais e mais, criando a ilusão de que só assim seremos felizes, não nos damos conta de que posse e felicidade são sentimentos distintos.
E a maioria das pessoas só percebe isso tarde demais. Depois de trabalhar boa parte da vida, conseguir algo que queriam e para pra pensar, “Eu deveria estar feliz“, e só conseguem sentir-se sem rumo, sem saber o que fazer.
Então, a prática de sorrir sem os olhos ganha força total.
Bem, é claro que felicidade não é um sentimento dominante; não somos felizes durante toda a vida, temos momentos de felicidade. Mas quando até esses momentos tem ao final um gosto amargo, devemos começar a nos preocupar.
É claro que há pessoas que funcionam como estrelas em nossas vidas, iluminando o caminho, e tornando tudo melhor e mais belo; mas quando você está preso a si mesmo e seu desânimo, mesmo perto de suas estrelas você irá sentir-se estranhamente incompleto.
Quisera nós ter para sempre a inocência das criancinhas, que não disfarçam nem ocultam seus sentimentos, coisa que nos ensinaram à fazer logo; quisera nós ter novamente a capacidade de nos cativamos com coisas simples e belas, como o desabrochar de uma flor.
Como a inocência perdida nunca poderá ser recuperada, poderíamos ao menos tentar ver um lado da vida como as crianças, sem tantas normas, receios e preocupações.
Devíamos fazer como as criancinhas; chorar quando tristes, e sorrir quando felizes. Verdadeiramente, e com os olhos.
Fim
P.S: se você gostou da crônica e quiser postá-la em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.