20 de nov. de 2012

Conto - Mad Moonlight


Hey pessoal!
Esse conto foi feito como um presente de aniversário para o meu queridíssimo amigo Jeff, mas resolvi compartilhá-lo com vocês também. Enjoy!

Mad Moonlight

A lua nunca esteve tão grande como naquele dia. Ou melhor, naquela noite. Ele podia jurar que nunca, nem mesmo nos surreais sonhos de Mèlies a lua poderia ser tão gigante, bela e inchada como um enorme queijo suíço, como naquela noite.

Mas pensando bem, a lua gigante não era a única coisa diferente naquela noite; as estrelas também pareciam inusitadas. Ele estava acostumado a, toda noite, deitar-se sobre a grama e assisti-las, pequeninas, brilhantes ou não. Mas ele nunca as vira piscar tanto quanto naquela noite. Ele se sentiu subitamente em uma festa cheia de gente jovem e bêbada, e não gostou muito do sentimento.

Subitamente, em um piscar de olhos quase imperceptível, tudo aquilo fora embora, e ele vira-se encarando um céu negro, escuro e assustador como o pior de seus pesadelos (aquele onde ele caía em um buraco eternamente e nunca retornava a superfície ou respirava ar puro novamente). Sentindo a respiração aumentar, assim como seu batimento cardíaco, ele logo tratou de sacudir a cabeça, acreditando estar vivendo uma ilusão e querendo de novo enxergar a lua de queijo suíço.

Ao sacudir a cabeça novamente, ele agora se viu encarando um céu azul-claro. Realmente claro. Quase branco como um terráqueo provavelmente nunca vira antes dele.

Mas o que diabos...

Em uma nova mudança brusca e imperceptível, ele se viu novamente no céu estrelado com a lua de queijo. Sentindo-se mais confuso do que nunca, ele se sentou na grama e tratou de observar.

Duvidava que aquela fosse à última mudança brusca que iria acontecer no céu daquela noite.

E não fora, mesmo. Mas aquilo não fora um problema para ele por muito tempo; ele logo tratou de identificar um padrão para as mudanças, e descobriu que eram as suas trocas de humor que faziam com que o céu mudasse tão bruscamente.

O céu completamente negro era quando ele estava com um humor pessimista e depressivo como o inferno; o céu estrelado, era a mescla de pessimismo com sarcasmo divertido e o céu azul-claro era confusão. (e ainda havia um céu vermelho e um verde em que ele recusava-se a falar sobre).

Aquilo lhe fascinou sem fim, o pensamento de manipular o céu com o humor subindo a sua cabeça rapidamente; não tinha anéis, mas era ao seu modo, o senhor de seus céus!

Rindo do pensamento (as estrelas do céu negro piscando furiosamente), ele deitou-se mais confortavelmente na grama, com um sorriso no rosto e fechou os olhos por um pouco, apreciando a quietude e solidão do momento.

Em cima de sua cabeça, o céu continuava a mudar de cor rapidamente e sem descanso, conforme as emoções mudavam dentro de sua cabeça desorientada, mas ele não mais ligava.

Como poderia ligar? Os céus eram seus, as emoções também, e com eles ele poderia fazer o que ele quisesse.

E oh, ele o faria.

FIM

P.S: se você gostou do conto e quiser postá-lo em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.