8 de dez. de 2011

Conto - You're In The Air

Olá!

Após duas semanas... conto novo!

Desculpem pela ausência, ando meio enrolada. Mas teremos crítica e discografia nova, nas próximas semanas ^^

Esse depressivo novo conto chama-se "You're In The Air" por conta de uma faixa da banda "R.E.M." de mesmo nome. Recomendo ouvir a faixa durante a leitura. Poderão ouvi-la pelo YouTube, ou baixá-la/ouvir pelo 4shared. Se vocês não conseguem ouvir música enquanto leem e se concentrar em ambos, ouçam após lerem, pra entrar no clima. ^^

E antes que eu me esqueça: obrigada ao meu maninho lindo Jeff, por ter corrigido algumas coisinhas do texto! *__*

Então, sem mais... leiam! E não se esqueçam de comentar, porque é importante para os autores, viu?


You’re In The Air


Não importava para que lado olhasse. Não importava se era direita, esquerda, frente ou trás. Qualquer lugar lhe sufocava. O ar parecia feito de chumbo, não conseguia respirar plenamente.

Claro que isso era uma linguagem figurada; não estava realmente morrendo por sufocamento. Isso era uma visão do que sentia no momento atual, uma metáfora para refletir quanta angústia existia dentro de si.

O ar era pesado. Sufocava-lhe. Não podia relaxar, não podia esquecer. E oras, não era costume seu refugiar-se nas lembranças, na vida dos outros, nos personagens dos filmes e livros que devorava, buscando um sentido para sua própria vida?

Era melhor viver a vida deles do que a própria.

Não sabia que espécie de humano defeituoso era. Não importava o que acontecesse, no fim, parecia que sempre voltava à tristeza, como se estivesse escrita com fogo em sua alma, como se fosse o estado de espírito natural de seu ser. E apostava que era.

Apatia. Tristeza. Raiva. Tristeza. Felicidade. Tristeza. Euforia. Tristeza. Apatia...

Nada, ou ninguém era capaz de quebrar esse círculo vicioso, assim pensava. Uma amizade, um passeio no parque, um animal de estimação, um amor. Nada.

Um amor. Fechou os olhos. O amor também, gloriosa maldição que era, lhe assombrava. Podia senti-lo. Estava lá. Como se a pessoa amada estivesse no ar, ela lhe respirava e tudo que sentia por ela.

A cada maldito segundo de sua vida. Respirando amor, tristeza e insanidade.

O que só lhe proporcionava mais ainda a sensação de sufocamento.

Sentia nada. Sentia tudo.

(Tudo o atingia.)

Era um completo nada.

Era o tudo. O tudo de alguém.

Era só mais uma pessoa, entre milhares por aí, perdendo0se dentro de si, sem saber se acharia uma fuga.

Sem se dar conta disso. Sem ligar pra isso.

Afinal, não importava pra onde corresse; estava no ar.

E sabia que não poderia nunca parar de respirar.

Fim

P.S: se você gostou do conto e quiser postá-lo em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.

4 comentários:

  1. Eu amei esse texto, gosto desse estilo mais gotico e sombrio mas ao mesmo tempo minimalista que faz a pessoa pensar no que poderia estar escrito nas entrelinhas.

    Muito bom mesmo, parabéns,
    Beijinhos s2

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  2. =

    Own... vlw maninha *o*
    como já comentei com você, eu adorei o texto
    foi um dos poucos que li ouvindo a musica
    e na real fez toda a diferença AUHAUHAU

    Esperando mais das suas pérolas
    pra poder aprecia-las e mostra-las por ai =3

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  3. É amiga, depressivo demais pra mim hahaha Até gostei da forma como foi escrito, o desenrolar do texto... mas é mais do mesmo. Acho que você poderia tentar colocar um pouco mais de ficção nos seus textos, uma história completa, mesmo que seja depressiva, e não só pensamentos interiores. Gostei sim, mas poderia ser melhor! Beijos Bru :* s2

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  4. Hei,aceita sugestão? bem,n stou diznd q n está bom,mas se tu dedicasse mais linhas a felicidade,a apatia,a raiva,a tristeza em descrevendo com detalhes tua visão sobre,o modo como se manifesta,as sensações que provocam,cmo é interpretada,daquele jeito q mts apontam ser ´hermeneutico´ficaria um otimo texto intimista e no caso o ´´nada´´o ´amor´´ enquadrado em alguma situação em que a personagem se encontra, em que stivesse presente a angustia da liberdade de decidir,escolher pudia dar um tom mais existencialista no sentido sartreano,de todo modo fica mal eu dizer essas coisas,pois teus textos ja beiram nesse genero literario e filosofico,portanto o q tnho a acrescentar é q ach q teus textos enriqueceriam mais se tu ´lançar âncora´e se extender um pouco mais,ach q isso é tudo.

    Queira m dsculpar por qquer chatice
    A intenção é construtiva e não qquer outra,cmo stou acompanhando teu blog,achei q nda melhor tnho a fazer além de apontar algumas sugstões

    E a ideia da musica,foi boa,miná-san
    foi cool por ter achado teu blog,mercy ;D

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